O uso de bomba de infusão de medicamento intratecal com medicação combinada de morfina e bupivacaina para o tratamento de dor abdominal devido a porfiria aguda intermitente (PAI)

Autores

  • Roger Wilson Gonçalves de Oliveira Centro Universitário Fametro
  • Fabiana Moreira Leite Dantas Centro Universitário Fametro, Manaus, Amazonas, Brasil.
  • Larissa de Oliveira Campelo Centro Universitário Fametro, Manaus, Amazonas, Brasil.
  • Roberta Fernandes Souza Centro Universitário Fametro, Manaus, Amazonas, Brasil
  • Rômulo Sarrazin de Andrade Centro Universitário Fametro, Manaus, Amazonas, Brasil.
  • Thalyta Almeida Lopes Soares Centro Universitário Fametro, Manaus, Amazonas, Brasil.
  • Franklin Reis Centro Universitário Fametro, Manaus, Amazonas, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.37085/jmm.2022.ac.an12

Palavras-chave:

Porfiria aguda intermitente, Bomba de Infusão Intratecal e tratamento de porfiria intermitente aguda.

Resumo

Relato do caso
Mulher, 32 anos, relata dor abdominal intensa (EVA) 9-10, pior dor da vida, tipo cólica em região mesogástrica que irradia para todo o abdômen há 6 meses. Foi submetida à apendicectomia e colecistectomia decorrente do quadro, após isso foi diagnosticada com (AIP), relata terapias com imunomoduladores e uso de morfina em bomba de infusão numa dose de 100mg/dia há 3 meses. Em crise de dor abdominal intensa foi internada e passado um cateter peridural com morfina durante 5 dias, com boa evolução e implantação do dispositivo de fármaco com melhora significativa na 1a semana com (EVA) de 2-3. Em 1 mês, a paciente subiu a escala de dor, foi aumentada a dose, sem melhora. Foi dado morfina e bupivacaina e a (EVA) foi para 2-1 em 6 meses.
Comentários
Porfiria aguda intermitente é uma doença causada pelo acúmulo de Ác. Delta-aminolevulínico e Porfobilinogênio causa sintomas semelhantes ao Abdômen Agudo. Os sintomas se dão em fases de crises, sendo mais comum a dor abdominal intensa que, erroneamente, pode ser considerada necessária a intervenção cirúrgica. A dificuldade do diagnóstico ocorre pois os sintomas são parecidos ao de abdômen agudo, além do desconhecimento da patologia por muitos médicos, logo, faz-se necessário exames laboratoriais, sendo o mais utilizado o EAS. O tratamento convencional é feito com o uso de heme administrado (EV), além do uso, principalmente, da morfina para o controle das crises, podendo utilizá-la através da bomba de infusão intratecal, no caso de dores crônicas.
Os principais efeitos colaterais dos opióides são: obstipação, coceira, convulsões, vômitos e bradipnéia.
Conclusão

Tendo em vista que a paciente obteve melhora após o uso da bomba de infusão intratecal com morfina e bupivacaina a (EVA) de 9-10 foi para 1-2 em um tempo de 6 meses. Em contraste, o uso somente de morfina em bomba de infusão intratecal teve a recidiva em 1 mês do quadro de dor, mesmo com o aumento da dose. Viu-se que, o efeito sinérgico do uso da bomba de infusão intratecal com morfina associado à bupivacaina para o controle de dores crônicas na (PAI) obteve maior eficácia. O caso mostrou uma boa resposta ao tratamento, mas é necessário promover mais estudos para esclarecer o tema.

Palavras-chave: Porfiria aguda intermitente, Bomba de Infusão Intratecal e tratamento de porfiria intermitente aguda.

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Publicado

2022-11-01

Como Citar

Oliveira, R. W. G. de ., Dantas, F. M. L. ., Campelo, L. de O. ., Souza, R. F. ., Andrade, R. S. de ., Soares, T. A. L., & Reis, F. . (2022). O uso de bomba de infusão de medicamento intratecal com medicação combinada de morfina e bupivacaina para o tratamento de dor abdominal devido a porfiria aguda intermitente (PAI). Jornal Memorial Da Medicina, 4(2), 12. https://doi.org/10.37085/jmm.2022.ac.an12