Traumatismo craniano por arma de fogo em crianças: prevalência de fatores prognósticos em pacientes cirúrgicos

Autores

  • Luiz Severo Bem Junior Hospital da Restauração
  • Ana Cristina Veiga Silva Hospital da Restauração, Recife, Pernambuco, Brasil.
  • Joaquim Fechine de Alencar Neto Unifacisa Centro Universitário, Campina Grande, Paraiba, Brasil.
  • Otávio da Cunha Ferreira Neto Universidade Católica de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.
  • Nilson Batista Lemos Unifacisa Centro Universitário, Campina Grande, Paraiba, Brasil.
  • Artêmio José Araruna Dias Unifacisa Centro Universitário, Campina Grande, Paraiba, Brasil.
  • Luís Felipe Gonçalves de Lima Unifacisa Centro Universitário, Campina Grande, Paraiba, Brasil.
  • Andrey Maia Silva Diniz Universidade Federal da Paraiba, João Pessoa, Paraiba, Brasil.
  • Melissa Helena Rodrigues Silva Universidade Católica de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.
  • Luís Bandeira Alves Neto Universidade de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.
  • Arthur Oliveira Silva Unifacisa Centro Universitário, Campina Grande, Paraiba, Brasil.
  • Luís Felipe Ferreira Marques Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual do Mato Grosso, Cárcere, Mato Grosso, Brasil.
  • Maria Luísa Rocha Centro Universitário de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil.
  • Hildo Rocha Cirne de Azevedo Filho Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.37085/jmm.2022.ac.an19

Palavras-chave:

Traumatismo cranioencefálico, Arma de fogo, Pediátrico, Prognostico

Resumo

Introdução

Ferimento por arma de fogo no crânio é o mais letal das lesões penetrantes cerebrais, com taxas de mortalidade relatadas a partir de 85% a 93%. Nas grandes cidades do Brasil, a prevalência da violência urbana é elevada, devido aos conflitos associados ao tráfico de drogas nas comunidades periféricas, assim como os conflitos armados com a polícia.

Objetivo

Este estudo tem como objetivo avaliar os fatores preditivos de morbidade e mortalidade e identificar a prevalência de fatores prognósticos em pacientes pediátricos que sofreram ferimentos de bala na cabeça.

Método

Revisamos uma série de 43 pacientes internados entre 2010 e 2019. Foram coletados dados de 43 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico na instituição, sendo considerados os seguintes parâmetros na análise: a escala inicial de Coma de Glasgow (ECG), idade, sexo, local de entrada e trajetória do projétil. Tomografia computadorizada (TC) na internação, complicações, cruzamento médio e escala de pontuação de Glasgow no momento da alta (Escala de Resultado de Glasgow; GOS) também foram contabilizados.

Resultados

O sexo masculino correspondeu a 90,7% dos casos (n = 39), e 16 a 17 anos de idade foi a idade mais comum (60,5%). A região frontal foi o local de entrada mais comum (41,9%), seguido pela parede parietal e entrada occipital. A trajetória penetrante foi mostrada em 48,8% dos casos, perfuração/transfixação em 39,5%, e tangencial em 11,6%. A tomografia mostrou que o afundamento é a alteração mais comum (74,4%), seguido por contusão cerebral (44,2%). Segundo a GOS, 23,3% morreram, 23,3% foram classificados por desfecho desfavorável (GOS, 2-3) e 53,5% de resultado favorável (GOS, 4 e 5).

Conclusão

Em nosso estudo, houve associação significativa entre os baixos escores de ECG na admissão e baixo GOS (1-3; p = 0,001) no momento da alta. Pacientes com feridas que cruzaram a linha média também apresentaram associação significativa com baixo GOS (p = 0,014) em nossa experiência clínica. Concluímos que os baixos escores de GCS na admissão e crianças com uma ferida que cruza a linha média são fatores preditivos de alta mortalidade e morbidade, em nossa experiência clínica.

Palavras-chaves: Traumatismo cranioencefálico, Arma de fogo, Pediátrico, Prognostico.

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Publicado

2022-11-01

Como Citar

Bem Junior, L. S., Silva, A. C. V. ., Alencar Neto, J. F. de ., Ferreira Neto, O. da C., Lemos, N. B., Dias, A. J. A., Lima, L. F. G. de ., Diniz, A. M. S. ., Silva, M. H. R. ., Alves Neto, L. B., Silva, A. O., Marques, L. F. F., Rocha, M. L. ., & Azevedo Filho, H. R. C. de . (2022). Traumatismo craniano por arma de fogo em crianças: prevalência de fatores prognósticos em pacientes cirúrgicos. Jornal Memorial Da Medicina, 4(2), 19. https://doi.org/10.37085/jmm.2022.ac.an19

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